Terminou ontem o Campeonato Europeu das Nações em Leiria e aqui fica um resumo dos melhores destaques nacionais:
Vânia Silva esteve presente no lançamento do martelo e não foi além do 11º lugar com 61,36m.
Foi uma das surpresas da tarde e com excelentes 5,35 metros, Edi Maia conseguiu terminar no 10º lugar e bater o recorde de Sub-23 do salto com vara.
Não correu bem a Jorge Grave, o concurso de lançamento do disco. Com um recorde pessoal e melhor desta época de 59,77 m, Jorge Grave não conseguiu nem sequer aproximar-se dessa marca ficando-se pelos 49,55 m.
Nelson Évora esteve muito bem no Triplo Salto e quase que conseguia ultrapassar a mítica barreiras dos 18 metros. Foi uma prova de triplo salto muito bem disputada, a opor dois dos principais valores mundiais da actualidade, Philips Idowu (Grã-Bretanha) e Nelson Évora (Portugal). Nelson Évora disparou para um excelente salto no terceiro ensaio, com 17,59 metros, vencendo assim a prova.
Foi uma grande prova a de Eva Vital, que obteve novo recorde nacional de Juvenis e Juniores e com 10º lugar. É sem dúvida uma das grandes surpresas do ano, no atletismo português e hoje, em Leiria, mostrou porque é considerada uma das esperanças do atletismo português. Barreira a barreira a atleta, ainda juvenil (!), contrariou todas as expectativas e deu a Portugal um bom 10º lugar, com novo recorde nacional de Juvenis e Juniores (13.66 segundos). A marca alcançada pela jovem atleta portuguesa é mínimos para o Mundial de Juvenis e também para os Europeus de Sub-23.
Foi um Arnaldo Abrantes de grande nível aquele que se apresentou hoje em Leiria, apenas batido pelo britânico Dwain Chambers. Os 20,62 segundos obtidos por Arnaldo mostraram um momento muito forte do velocista português, que venceu a sua série e conseguiu assim os mínimos para os Mundiais em Berlim.
Foi confirmado o favoritismo de Naide Gomes para a prova de salto em comprimento, que venceu descansadamente com a marca de 6,83 metros.
No fim do Campeonato, a Alemanha sagrou-se Campeã Europeia à frente da Rússia e da Grã-Bretanha.
Portugal, embora as três vitórias e recordes nacionais obtidos numa prestação positiva, não conseguiu evitar a despromoção
Em termos organizativos, o saldo foi positivo pese embora a falta de público (18.579 nos dois dias quando a meta era de 20.000 por dia) o que mostra que o público português em geral ainda não cultiva uma mentalidade desportiva saudável mostrando-se apenas rapidamente disponível para criticar de forma leviana.
Esta competição marcou ainda a despedida de Edivaldo Monteiro pela selecção nacional, numa carreira recheada de sucesso, num atleta de humildade rara e que pode ser importante para as gerações futuras de barreiristas portugueses.
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