Há momentos em que precisamos mudar. Momentos em que algo em nós nos faz seguir em frente, seguir um outro caminho. Não será difícil de entender. Todos nós tomamos estas decisões naquilo que sempre foi a base da nossa união: o desporto.
E se foi o desporto que nos levou a estarmos unidos e vivermos uns com os outros nos melhores e piores momentos [naqueles em que tudo bateu certo, naqueles em que fomos derrubados ao chão], foram as pessoas que nos ergueram de novo e nos fizeram continuar. Terminar na meta. Quebrados mas invencíveis. Lançar cometas. Gritar para que todos nos ouvissem. Saltar o infinito. E enfrentá-lo como se fosse nosso.
E continuámos a seguir aquilo que nos jogava para o desconhecido. Porque sim. Porque era aquilo que os nossos corações, pernas, braços nos pediam. E nós fizemo-lo. Por vezes falhámos. Redondamente. Fomos menos do que aquilo que somos. Mas quando acertámos, acertámos em cheio. E nada nos parou. E a energia tomou conta de nós e fomos pequenos deuses naquele instante. Reinámos o chão, o ar, o tempo. E ninguém nos podia tirar essa imortalidade.
No fim ficam as pessoas. Porque somos nada sem elas. E a sua paixão, o seu empenho, o seu apoio são o segredo que é capaz de nos dar a faísca decisiva, aquela que nos faz correr um pouco mais rápido. E repito-me. Não há maior verdade que esta. Somos efectivamente nada sem elas.
E por isso quero agradecer todo o apoio que recebi. Ficarei eternamente grato por aqueles que directa ou indirectamente me ajudaram a moldar aquilo que sou hoje como atleta e, acima de tudo, como pessoa.
Caindo na tentação de mencionar nomes, aviso desde já que muito provavelmente virei editar este texto várias vezes nos próximos dias, não porque me tenha esquecido delas, mas porque num momento destes algumas pessoas encontram-se recolhidas, seja pelo tempo que passou, seja pelo confrangimento de não me esquecer de nenhuma. No entanto, sei que o vou fazer. E assim sendo, de forma algo aleatória:
Mário Rato, Tiago Sénico, Daniela Bernardo, Élio Ourives, Paula Santo, Pedro Rodrigues, Marco Carvalho, Helena Meireles, Fábio Cavaleiro, Bruno Duarte, Ana Amaro, Cristiana Vaz, Mónica Saraiva, Gonçalo Carvalho, Iolanda Sequeira, Guilherme Jacinto, Luís Petisca, Margarida Vilar, Joana Vilar, Leonor Vilar, Soraia Correia, Pedro Nunes, Pedro Santos, Nuno Santos, Diogo Oliveira, Pedro Jesus Santos, António Fernandes, Pedro Nobre, Joana Madeira, Jorge Branquinho, Lícia Cunha, Rui Machado, Daniel Silveira, Pedro Barradas...
... Sasha, Tiago Morgado, Sofia Nunes, Ana Reis, Tiago Silva, Rui Teixeira, Mário Correia, Pedro Gonçalves, Ana Silva, Dina Oliveira, Bruno Raimundo, José Ramalhão, Raquel Lourenço, Andreia Lourenço, Pedro Oliveira, Emanuel Semedo, Fernando Semedo, Bruno Oliveira, David, Diogo Marouco, Francisco Rodrigues, Ana Paula Gonçalves, António Fonseca, André Navalhas, Jorge Borbinha, Ana Rosa, Moisés Cunha, Nadinne, Pedro Freire, Rafael Morais, André Azevedo, Luís Natal, Pedro Carvalho, André Portugal. Isabel Oliveira, José Carreira.
Tenho plena noção que alguns nomes me escaparam, mas eles estão cá. E isso é o que importa. Porque fazem parte.
Sem me prolongar [ainda] mais, e agora que decido seguir um caminho diferente do da Casa do Povo de Corroios, desejo-vos a melhor sorte, a plena consciência que ainda vos vou ver muito e as saudades que dez anos de memórias nos trazem. Termino estas palavras rodeado de todos vocês como foi, é e será. Sempre.
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